O tempo dos filmes e o tempo da vida

Nesta aula ou oficina, partimos da experiência de assistir ao filme Digo às companheiras que aqui estão (2022) para refletir sobre como sentimos a passagem do tempo e as relações existentes entre essa percepção e o modo como a sociedade está organizada. Os exercícios e textos propostos se debruçam sobre a forma como a aceleração do tempo social tem sido vivida nas últimas décadas e como isso se relaciona com a lógica de funcionamento do capitalismo. Propomos, mais especificamente, discussões sobre mudanças mais recentes que se deram com a chegada das novas tecnologias digitais e das redes sociais e os seus impactos na produção e consumo de conteúdos audiovisuais. Essa proposta pedagógica busca despertar reflexões críticas sobre a ausência de tempo para si, para a reflexão e para a apreciação das experiências vividas. 

 

O filme Digo às companheiras que aqui estão tem um ritmo mais lento do que a maioria das produções audiovisuais às quais estamos expostas no dia a dia, principalmente as que acessamos através das redes sociais. A partir do debate sobre a temporalidade do filme, levantamos a discussão sobre aceleração do tempo social de duas formas: (1) a partir da reflexão sobre o impacto das novas tecnologias digitais, sobretudo as redes sociais, na nossa forma de assistir vídeos e nos comunicarmos; e (2) a partir de considerações sobre a própria produção de conteúdos audiovisuais. Os dois caminhos buscam estimular análises sobre o impacto que essas questões têm na nossa sensibilidade e na nossa saúde física e mental. As atividades propostas podem ser utilizadas para discutirmos o tema com grupos de diferentes idades e perfis ou, mais especificamente, como introdução à discussão sobre estética e montagem com estudantes de comunicação, artes e audiovisual.

 

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Objetivos

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• Refletir sobre a aceleração do tempo social e seu impacto nas nossas vidas.

• Discutir a relação entre estética e aceleração do tempo na produção audiovisual.